Após a intensa reunião com o Professor Felipe, o Puko e a Clara sentiram-se motivados a aprofundar o seu conhecimento sobre a conservação dos oceanos.
Enquanto caminhavam pelas ruas coloridas de Creative City, decidiram parar num dos seus locais favoritos: o Café Marítimo, um espaço acolhedor decorado com temas náuticos e conhecido por apoiar iniciativas sustentáveis.
Sentaram-se numa mesa perto da janela, de onde podiam ver o mar ao longe. A Clara abriu o seu portátil e disse:
“Puko, acho que para fazermos a diferença, precisamos de entender melhor os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, especialmente o ODS 14 – Vida Debaixo de Água.”
“Tens razão. Se quisermos criar projetos eficazes, devemos conhecer os objetivos específicos que a ONU estabeleceu. Vamos explorá-los juntos.”
A Clara navegou até ao site das Nações Unidas e começou a ler em voz alta:
“Então, o ODS 14 tem como foco conservar e utilizar de forma sustentável os oceanos, mares e recursos marinhos.”
O Puko pegou num bloco de notas para apontar os pontos-chave.
Meta até 2025: Prevenir e reduzir significativamente a poluição marinha de todos os tipos, especialmente de atividades terrestres, incluindo detritos marinhos e poluição de nutrientes
O Puko refletiu:
“Isso faz-me pensar na quantidade de plástico que vemos nas praias. Precisamos de criar campanhas para reduzir o lixo que vai parar ao mar.”
Meta até 2020: Gerir e proteger de forma sustentável os ecossistemas marinhos e costeiros para evitar impactos adversos significativos
Comentou o Puko: “Embora este prazo já tenha passado, ainda é crucial trabalharmos nisso.
Talvez possamos participar em projetos de restauração de recifes aqui perto.”
Ação contínua: Reduzir ao mínimo e abordar os impactos da acidificação dos oceanos, através de cooperação científica a todos os níveis.
Clara enfatizou:
“Podemos colaborar com o laboratório do Professor Felipe para monitorizar os níveis de pH na nossa costa.”
Meta até 2020: Regular efetivamente a colheita e acabar com a sobrepesca, pesca ilegal e práticas destrutivas.
O Puko lembrou-se: “Conheço alguns pescadores locais. Poderíamos conversar com eles sobre práticas de pesca sustentável.”
Meta até 2020: Conservar pelo menos 10% das zonas costeiras e marinhas.
“Será que temos alguma MPA perto de Creative City?”
“Boa questão. Podemos investigar e, se não houver, talvez possamos propor a criação de uma!”
Meta até 2020: Proibir subsídios que contribuem para a sobrecapacidade e sobrepesca.
“Isso é mais complexo, mas talvez possamos organizar um seminário para educar a comunidade sobre o impacto desses subsídios.”
Meta até 2030: Aumentar os benefícios económicos da utilização sustentável dos recursos marinhos.
“Embora não sejamos um país menos desenvolvido, podemos apoiar projetos internacionais ou criar parcerias.”
Ação contínua: Aumentar o conhecimento científico, desenvolver capacidades de investigação e transferir tecnologia marinha.
“Estamos a fazer exatamente isso agora! E podemos envolver mais jovens neste processo.”
Ação contínua: Proporcionar acesso para pescadores artesanais aos recursos marinhos e mercados.
“Os pescadores locais podem beneficiar disso”, disse o Puko. “Vamos falar com eles e ver como podemos ajudar.”
Ação contínua: Reforçar a conservação e a utilização sustentável dos oceanos através da implementação do direito internacional.
“Talvez possamos colaborar com organizações que trabalham nesta área para garantir que as leis estão a ser cumpridas.”
Enquanto discutiam, o Miguel, um amigo de longa data e jornalista ambiental, aproximou-se da mesa.
“Olá, pessoal! Sobre o que estão a conversar com tanto entusiasmo?“
“Estamos a explorar os objetivos do ODS 14 para ver como podemos contribuir para a proteção dos oceanos“, respondeu o Puko.
“Opa, isso é fantástico!. Sabem, tenho estado a escrever uma série de artigos sobre a interligação entre os diferentes ODS. Posso juntar-me a vocês?”
“Claro!“
O Miguel abriu o seu caderno e disse:
“Os oceanos estão profundamente ligados a muitos outros objetivos. Vejamos alguns exemplos.”
“Os oceanos fornecem cerca de 20% da proteína animal para 3,2 mil milhões de pessoas“, explicou o Miguel. “A pesca sustentável é essencial para combater a fome.”
“Se não protegermos os estoques de peixe, poderemos enfrentar escassez alimentar no futuro.”
“A poluição marinha afeta a saúde humana“, continuou o Miguel. “Contaminantes entram na cadeia alimentar e podem causar doenças.”
“Isso reforça a importância de reduzir a poluição e monitorizar a qualidade da água.”
“Os ecossistemas costeiros filtram poluentes, melhorando a qualidade da água”, disse a Clara.
“A preservação destes habitats contribui para fontes de água mais limpas.”
“O desenvolvimento de energias renováveis marítimas, como a eólica offshore, depende da saúde dos oceanos”, comentou o Miguel.
“O setor da pesca e do turismo marinho emprega milhões de pessoas”, observou o Puko. “Práticas sustentáveis garantem empregos a longo prazo.”
“A redução do uso de plásticos diminui a poluição marinha”, afirmou a Clara. “O consumo responsável protege os oceanos.”
“Os oceanos absorvem CO₂ e calor, mas têm limites”, alertou o Miguel. “Proteger os oceanos é crucial para combater as alterações climáticas.”
“Ecossistemas costeiros como manguezais são habitats para espécies terrestres e marinhas. A sua conservação beneficia a biodiversidade em geral.”
